domingo, 29 de abril de 2007

Reflexão sobre o Pedestrianismo I




Uma das das coisas mais interessantes do pedestrianismo/montanhismo, é a constante necessidade de o indíviduo, sua mente e organismo, ter de adaptar-se a condições sempre renovadas pela mãe natureza. Isso aporta o factor variedade, o qual para mim, e minha natureza pessoal, é muito estimulante. Sendo assim, podemos passar no mesmo sítio n vezes por ano e vamos encontrar, côres, cheiros, fauna e flora, sempre diferente. Mas também encontro bastante interesse, em misturar-me com os elementos climáticos, moldando-me a eles, e surfando a sua onda. Isso pode ser divertido ou penoso, no entanto no fim de cada dia, volto para casa sempre com um misto de satisfação por um lado, pelo conforto do lar, mas triste pelo afastamento do “Mundo da Alma”. Esta polarização de sentimentos e experiências, produz energia. Sem esta dinãmica de “opostos”, a vida, sería bem mais monocromática ou monótona. “O uso desenvolve a função”, isso é lei natural, e o desuso atrofia-a. O frio, o vento, o calôr, a humidade, etc, são estímulos naturais que por trás da capa do sacrifício, desvelam caraterísticas vivificadoras e nutritvas, de um sistema nervoso e imunidade, assim, cada vez mais fortes. Isso é algo que o ser humano dito moderno/civilizado tende a esquecer por trás do seu ambiente controlado, nas 4 estações do ano. No fim das contas, sentimos mais força no nosso organismo e como se diz: “a saúde não tem preço”. O pedestrianismo/montanhismo, sendo uma actividade moderada, pode por isso ser um meio preveligiado de relembrar aos nossos pobres corpos superprotegidos pelos confortos modernos, que existem capacidades nele depositadas que nos surpreendem, ao fim de algum tempo de práctica. A resistência e força físicas que advêem da necessidade de superar obstáculos no meio natural, estão intimamente ligados à nossa força mental. Um e outro caminham de mãos dadas. Isto tudo, também para dizer, que mesmo em dias de frio, calôr ou chuva ou neve etc, é possível tomar o desafio, e tentar superá-lo. Penso que as competências adquiridas por esse esse treino, nos podem ser muito útil para os nossos desafios do dia a dia.

Agora sendo um pouco mais específico, lembro que o bom senso deve sempre permear todas as decisões, assim por ex: se o dia está de chuva, e mesmo assim eu quero andar na natureza, devo prevenir-me com roupa e calçado impermeáveis. È certo que já percorri montanhas durante 6 ou 7 horas seguidas a levar com fria chuva forte a 1400m, mas estava impermeabilizado, e activo, e por isso não apanhei nehum resfriado ou desconfôrto de maior, excepto pelo cansaço, que passa depressa no dia a seguir. Na verdade é engraçado que por vezes a saír de casa, sinta uns pingos na cabeça e logo sinto um arrepio, e se estou na montanha, com carradas de chuva etc, sinto alegria e nada de resfriados. Isto para dizer que a actividade do corpo, gera um escudo invisível que literalmente nos protege do exterior: “para é morrer”.De qualquer modo cada um deve dar os seus pequenos passos em frente, um de cada vez. Isso chama-se mastigar bem, e mastigar bem é uma das coisas mais importantes para uma boa assimilação.

Não se afastem do “Mundo da Alma”, ele é essencial para nós, uma benece incalculável. Nós somos seres supranaturais, mas uma parte de nós contínua a ser regida, pelas mesmas Leis Naturais que governam o mundo físico, e o mundo da natureza, pode ensinar-nos e lembrar-nos muitas delas.

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