segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Borrageiro - Messe - Gerês

Olá a todos,

Esta actividade no Parque Nacional da Peneda Gerês, teve lugar na Serra do Gerês, e levou 22 bravos caminheiros, de idades bem diferentes, a trilhar um dos percursos mais bonitos que por lá existem. Bonito, e difícil em alguns troços, mas no fim não deve haver muitas dúvidas, especialmente depois de ver as fotos...valeu bem a pena. Sinto que foi um previlégio, escondido por entre as alturas das fragas, por entre penedos, montes e vales, urzes, azevinhos, giestas, silêncio, visões de mundos fantásticos, luz, sombra e côr num quadro de verdadeira poesia, que enche a alma, cansa o corpo e deixa marcas profundas nos olhos dos afortunados. E como se não bastasse, o prazer do convívio e entreajuda, que aproxima os corações dos homens, e os faz serem mais felizes.15km andámos no total, dados do gps "Antoniano". Uma palavra mais para o grupo Calcantes, de Famalicão, cuja recordação tive sempre presente, pelo facto de terem apadrinhado a minha estreia de trilhar a serra do Gerês, num encontro que tive com eles no Prado do Conho, ontem, o nosso local de almoço. Abraços para eles.
Logo de manhã, tive uma avaria irreparável, no carro, pelo que tive de me socorrer do único lugar disponível para boleia, dos amigos Antoni e Carla. Muito obrigado pela ajuda.Dois amigos ficaram sem boleia, o Pedro e o Jota, em Guimarães, situação triste. Por isso chegámos tarde ao ponto de encontro, e ainda por cima, tinhamos de passar o circo montado para combater o incêndio que queimou cerca de 70 hectares por cima da vila do Gerês(70 campos de futebol). A custo prosseguimos para a Portela de Leonte, e constatámos que o fumo do incêndio repousava ao longo de todo o vale, desde a Vila cá em baixo até Leonte e Portela do Homem. As tropas estavam a ficar preocupadas com o denso nevoeiro de fumo e ponderaram desistir da caminhada. Felizmente prosseguimos, e à medida que subíamos podíamos ver melhor o azul do céu. Até chegarmos ao cimo do Borrageiro, havia fumo para ver e cheirar.Tirando isso, todo o dia foi, na minha memória, o mais abençoado de todos os dias que caminhei, no que diz respeito a boas condições climatéricas: temperatura perfeita e sem vento, sol e boa visibilidade. Primeiro alcançá-mos o Prado do Mourô, depois prosseguimos até ao cimo do Borrageiro, ponto mais alto do Minho, com 1430m. De acordo com as opiniões de todos, adiámos a hora do almoço para as 14h, para podermos fazê-lo num dos mais bonitos prados da Serra: o Conho(em baixo)
Aí comemos e descansámos, num idílico cenário, que faz pena, por saber que temos de o abandonar em breve. Relvado, água de nascente fresquinha, vetústos carvalhos para dar sombra, uma cabana de abrigo do pastôr; só faltava a Heidi e o seu avôzinho. Uma hora e meia depois, retomámos o trilho para em breve atingirmos os Prados da Messe,(em baixo)
uma enorme planície, rodeada por altos montes, como um enorme caldeirão, e que abriga um prado parecido com o Conho, nas caraterísticas que referi acima. Mais uma breve paragem e toca a andar, antes que chegue a noite. Perdemos o trilho durante algum tempo, mas lá acertámos de novo e prosseguimos a descida para a Costa da Sabrosa, com largas vistas sobre a Serra Amarela, Espanha, os Prados Caveiros, e um pôr de sol soberbo.A descida foi dura, mas todos se aguentaram nas canetas. Chegámos à estrada, ao caír da noite e seguimos até aos carros com algumas lanternas a ajudar.

Aqui fica o álbum da jornada, e que álbum...


Muito obrigado a todos e até breve...

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