

Também no Alto de Cidadelhe(1450m) era possível avistar, a Costa do Sol até à zona dos Carris e a Nevosa a espreitar por detrás, isto para norte. Aqui era o meio caminho do já longo, e principalmente, muito duro percurso. Mas nada havia de se comparar com o que nos esperava a poucos km do jipe. Nas minas do Borrageiro, havia uma égua e sua cria que decoravam a já de sí, incrivel paisagem. Parámos para abastecer os cantis junto ao abrigo das Lagoas do Marinho, e metemo-nos serra adentro para completar o percurso circular que estava planeado, no entanto era como antes, zona desconhecida. A borrasca anunciava-se e apressou o caír da noite que apenas a dois km do fim, nos brindou com chuva e nevoeiro. Nesta fase em que as pernas já não são as mesmas do princípio, e a vontade de chegar é maior, era mesmo o que nos faltava. Na verdade, a noite na serra é para quem conhece, verdadeiramente breu. Apenas se vislumbra sombras de grande obstáculos de muitas dezenas de metros e declives abruptos que nos podem aprisionar ou retirar as forças e moral. No meio disso sempre a incerteza que paira sobre se estamos a seguir para algum sítio errado, porque a serra do Gerês é única no seu relevo, granito e mais granito, quase sempre em blocos de todos os tamanhos e feitios. Com chuva, o terreno torna-se escorregadio e as botas começam a ceder a infiltrações. Felizmente, alguma experiência de situações semelhantes, e apoio previdente de lanternas e frontais, gps, e muito cuidado na progressão, aproveitando as mariolas que conseguimos descobrir, quase sempre decisões rápidas, tornaram possível termos chegado ao jipe sem grandes desvios de rota, mas foram precisas cerca de 3h para fazer 2km, chegámos ao carro 23h20.
A sensação de estar no meio da serra, onde a vulnerabilidade do ser humano, e também a sua grandeza são postas a nú, é algo que não se esqueçe, mesmo com a tecnologia que nos ajuda. Nunca mais esqueçerei, este dia que partilhei com estes amigos, onde assistimos, ao espectáculo da natureza que se revela a poucos olhares, e nos deu esse previlégio único, de sentarmos no trono dos deuses e olhar felizes a toda a volta. No final recebemos uma lição da mãe natureza, que aprendemos, superámos e acredito nos amadureceu.
Um abraço forte aos meus bons companheiros de jornada.
Nas Sombrosas (em cima)
3 comentários:
AIiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!
Que inveja meus amigos!!!!!!!!!!!!!
Pessoas lindissimas... fotos que não vos ficam atras... um tempo abençoado e eu:( que tive de ir ao casamento do meu pai... embora as 9h da manha ainda fui fazer uma caminhada de 1h e meia na inauguração do PR3 em Guimarães... Tanto o bichinos roia ca dentro.
Saudações Montanheiras
Eu fui e sobrevivi! :)
beijinhos aos 4 companheiros da aventura, Carlita
MUITO BEM CADA VEZ MELHOR ..
PARABÉNS
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